O que é BIM?

São bastante conhecidos os problemas que surgem durante a execução de uma obra. Eles estão presentes desde uma pequena reforma em casa até a execução de um grande edifício: tubulações que se encontram com estruturas, falta de espaço para instalações técnicas, pilares e vigas que ficam aparentes e que não permitem flexibilidade de plantas, falta de espaço para condensadoras de ar-condicionado, falta de detalhamento, entre tantos outros problemas.

Quando esses problemas surgem durante a execução da obra, qualquer solução possível é extremamente limitada, dado que parte do edifício já está construída. Isso faz com que as soluções comumente não sejam as ideais, além de poderem causar outros potenciais problemas (por exemplo, uma tubulação hidráulica desviada da estrutura poderá causar um indesejado “dente” na parede do banheiro).

Como resposta a estes e outros problemas, além de melhorar a qualidade e eficiência das obras, surgiu a tecnologia BIM (Building Information Modeling).

O que é BIM

A conceituação iniciou em 1974 pelo professor Charles M. Eastman do Instituto de Tecnologia da Georgia com sua equipe a partir do BDS (Building Description System – Sistema de Descrição da Construção). Porém, somente quando o BIM foi criado, o tratamento integrado entre as áreas envolvidas na construção foi aplicado.

BIM é abreviação de Building Information Modeling, em português “Modelagem de Informações da Construção”. BIM é um conjunto de tecnologias que permite às diversas áreas de atuação projetarem de maneira colaborativa e integrada.

Vem substituir a representação tradicional 2D, implementando visualizações de perspectivas em 3D e informações detalhadas sobre qualquer situação que o projetista queira especificar. Por exemplo, em um projeto pode-se querer especificar a utilização de um material, resistência, coeficiente de atrito, etc., algo que não é possível nos modelos CAD tradicionais.

O BIM veio para abrir caminho para uma comunicação mais fácil, completa e concisa entre os vários especialistas envolvidos no projeto de uma edificação (arquitetos, engenheiros, incorporadora, construtora…). Com este conceito, todos os envolvidos no processo de construção podem visualizar o modelo de diferentes perspectivas (cada um com sua especialização), acrescentar ou modificar informações em tempo real e muitas outras funções com maior facilidade e assertividade. Por exemplo, um(a) arquiteto(a) pode inserir a sua planta e verificar visualmente se entra em conflito com alguma estrutura do(a) engenheiro(a) civil.

 

Dimensões do BIM

A aplicação do BIM nos projetos passa por algumas dimensões. O modelo de virtualização da obra é criado por meio de ciclos de inserção de informações até ficar pronto para a realização das simulações, desde as mais básicas até as mais sofisticadas. Estes ciclos podem ser resumidos conforme abaixo:

 

3D

Esse é o primeiro passo e consiste na modelagem de todos os desenhos da construção em um sistema de terceira dimensão. Essa atividade deve ser colaborativa, realizada por todos os profissionais responsáveis por cada parte da obra.

Entre as disciplinas a serem modeladas podemos citar a arquitetura, a estrutura, as instalações elétricas, mecânicas, hidráulicas, entre outros. Esse primeiro processo já possibilita visualizar inconsistências entre cada um dos projetos para a obra.

 

4D

Nesse passo, todos os elementos gráficos são divididos no cronograma da obra, facilitando a visualização do avanço da construção em uma linha do tempo do projeto. Isso possibilita verificar conflitos de construção, como a necessidade de começar uma atividade que depende de outra ainda não encerrada.

 

5D

Essa etapa é relativa aos dados de quantitativos e de custos de toda a obra. O quantitativo e o orçamento poderão ser atualizados automaticamente sempre que novas informações forem adicionadas.

 

6D

Nesse ciclo são realizadas todas as análises referentes ao consumo e eficiência energética da construção, além de sua pegada de carbono. O objetivo é maximizar o desempenho do projeto pronto para alcançar a sustentabilidade.

 

7D

Esse é o último passo de modelagem e visa realizar a gestão do ciclo de vida do projeto. O foco é garantir o controle de todos os dados referentes ao modelo, como manutenção, fornecedores, custos, entre outros.

Esquema para entender a integração das dimensões:

A Moratti está utilizando o BIM nos projetos dos próximos empreendimentos, o Mora Jardim, localizado no Jardim Social em Curitiba, e o Mora Parque Bacacheri, ao lado do Parque Bacacheri em Curitiba. Ainda é pequeno o número de construtoras em Curitiba que estão em um nível elevado de maturidade de projetos em BIM.

 

Tecnologia BIM em outros países

Noruega: A Noruega é um caso onde o BIM foi um sucesso. É essencial para o projeto de grandes e complexas infra-estruturas e de edifícios governamentais. Até já é ensinado em algumas escolas.

Finlândia: A utilização do BIM na Finlândia é a mais avançada em todo o mundo. A Finlândia é um país muito avançado tecnologicamente e “aberto” a novas tecnologias.

Exemplo de um edifício (Kamppi Center) na Finlândia construído utilizando-se do BIM

Suécia: A Suécia está se aproximando do nível de utilização do BIM nas grandes potências, nomeadamente a Finlândia e a Noruega. O BIM é utilizado principalmente em grandes estruturas.

Estados Unidos: a implantação da tecnologia BIM nos EUA tem sido rápida nos últimos anos, com o país se aproximando dos países pioneiros.

Reino Unido: Ao contrário da maior parte dos países, a utilização destes softwares já é obrigatória na realização de projetos governamentais.

China: Graças ao forte investimento e ao grande ritmo que tem a indústria da construção chinesa, é o local ideal para uma rápida e eficaz implementação dos BIM.

 

Conclusão

BIM é uma tecnologia aplicada à construção que tem grande potencial de melhorar a qualidade e a eficiência das obras. A tendência é que seja cada vez mais utilizada no Brasil, assim como já é hoje bastante utilizada em alguns países pelo mundo.

Os ganhos alcançados pelo BIM não impactam somente nas empresas incorporadoras e construtoras, mas também significativamente nos clientes e usuários finais dos edifícios.

A prevenção de problemas que somente apareceriam durante a execução de obra, a melhor especificação de materiais utilizados, o maior detalhamento de detalhes construtivos, e a melhor compatibilização de projetos são ganhos alcançados pela utilização da tecnologia BIM que impactam não somente nas empresas incorporadoras e construtoras, mas também nos clientes e usuários finais dos edifícios.

A Moratti está investindo na tecnologia BIM e aplicando-a em seus projetos pois acredita que ela pode revolucionar a indústria da construção. Esta tecnologia tem a capacidade de aumentar a produtividade da construção, reduzir prazos de execução, melhorar a operação e tornar a moradia mais inteligente.

Os apartamentos da Moratti nos bairros Bacacheri e Jardim Social, em Curitiba, serão todos entregues com metodologia BIM. Confira nos links:

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